sábado, 11 de dezembro de 2010

A História de Ariel

A Eliana tem um programa no sbt nos domingos a tarde, que só não é 100% desperdício de tempo por ter, de vez em quando, uma matéria interessante sobre animais. Em um domingo desses, algumas semanas atrás, uma família foi até o programa com um bichinho de estimação um tanto questionável: um leão. O nome dele é Ariel e ele é um fofo, mais manso impossível, adora um carinho e pensa que é um gatinho e pode ganhar colo dos "pais" sem problemas. Depois disso fiquei delirando sobre ter um leão no futuro hahaha.

Passou um tempo e eu esqueci sobre o Ariel, até que ele apareceu na Eliana de volta e minha mãe me chamou pra assistir. Mas dessa vez a história não era bonita. O Ariel tinha perdido o movimento das patas traseiras e, sem poder caminhar, se arrastava. Ninguém sabia o que ele tinha e a suspeita era que havia sofrido uma lesão ao dar um pulo mal sucedido enquanto brincava com balões na sua festinha de aniversário. Os donos-pais do leão pediram ajuda a Eliana, já que transportar um monstrão daquele tamanho não era barato nem fácil, ainda mais sentindo dores em decorrência do arrasto das patas.

No desenrolar da matéria, a equipe do programa, junto com o biólogo Sergio Rangel e alguns veterinários, conseguiu colocar Ariel em uma camionete e levá-lo até um local especializado e que tivesse capacidade de examinar um animal nessas proporções. Toda a jornada foi muito emocionante e muito sofrida, tanto para Ariel quanto para o grupo. O leão passou por vários exames na Universidade de Guarulhos (SP), e fez até uma ressonância magnética.

Este foi o primeiro procedimento de ressonância magnética feito em leão aqui no Brasil.

Os resultados não foram totalmente conclusivos, e até foi cogitada a possibilidade do problema ser decorrente de algum tipo de infecção, mas os veterinários acreditam que Ariel tenha uma hérnia de disco ou uma lesão medular. Por tanto, na manhã de sexta-feita (10/12), ele passou por uma cirurgia para descompressão de sua medula, e apesar de não haver certeza, a esperança dos especialistas é que o procedimento, que foi muito bem sucedido, faça com que o leão recupere o movimento das patas e volte a andar.

Ontem no final da noite os veterinários iriam analizar o estado de Ariel e então dariam um veredito sobre seu quadro.

Vocês não imaginam como é triste ver um animal que pesa 200kg não ter autonomia, arrastando sofregamente suas enormes patas, que já estavam cobertas de pequenas feridas. Mesmo machucado, Ariel ainda fazia esforço para brincar, para dar carinho aos donos. Um dos piores momentos foi quando tentavam colocá-lo dentro da camionete que o levaria para a Universidade, todo o processo demorou cinco horas. Ele também teve que levar várias injeções de tranquilizante, afinal de contas, é um leão! Ninguém sabia como ele iria reagir se estivesse acuado por veterinários em um ambiente pequeno e estranho. Felizmente tudo correu bem até agora, e esperamos que só melhore daqui pra frente e o grandão possa correr por aí. Beijão, gente!
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Pessoal, vou fazer um adendozinho aqui no post para explicar como esta família pode ter um leão de estimação, o que não é nada comum e precisa de autorização expressa dos orgãos competentes. Os donos dos animais possuem uma chácara para treinamento de cães, e tiveram interesse na criação de felinos exóticos, entraram em contato com o Ibama e receberam instruções para adaptar o ambiente, tornando-o ideal para este tipo de criação. Com o passar do tempo, o próprio Ibama pedia ao casal para ficar com animais de circo que foram abandonados, representavam perigo para a população e certamente teriam dificuldade para se adaptar na mata, pois sempre estiveram presos.

Hoje o casal possui vários felinos: Ariel e mais dois leões, sete tigres, entre eles um de bengala, um siberiano e também uma sumatra, espécie de tigre que é nativa da ilha de mesmo nome (é um animal lindíssimo). Todos eles são bem tratados, saudáveis e aparentemente muito felizes, demonstram um carinho enorme pelos donos e nunca apresentaram qualquer tipo de violência. É horrível retirar um animal de seu habitat natural, mas estes sortudos foram tirados de uma vida de sofrimento, onde eram mal alimentados e mal tratados, o gesto desse casal é de amor, não de privação. Até =)

Esse é o Ariel filhote. Parece muuuito desconfortável dormindo com a mamãe, não é não?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Descoberta (quase) Extraterrestre

Quem gosta de zapear por sites com conteúdo científico, assim como eu, entrou em frenesi com o pronunciamento da NASA nesta quarta feira (01/12) de que uma equipe havia feito uma descoberta que traria profundos impactos a respeito da vida extraterrestre. A agencia anunciou que o achado seria levado a público hoje as 17h, e eu quase surtei até conseguir por os olhos na bendita notícia.

Depois de dar F5 loucamente nos meus sites preferidos, finalmente foi publicado. Bom, não era nada do que eu pensava (infelizmente), mas ainda assim é um descoberta incrível, e realmente vai mudar a figura das buscas por vida fora da Terra. Meu chute era que a NASA havia encontrado microorganismos em algum planeta (*-*), e apesar de eu ter errado o chute, passei perto.

Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, encontraram bactérias com um atributo muito especial e peculiar no Lago Mono, na California, e essa peculiaridade as torna quase extraterrestres. Todos os organismos vivos são constituídos de alguns elementos básicos e fundamentais: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo, e eles podem ser encontrados em nosso DNA, e também em nossos componentes lipídicos e protéicos. Mas a dita cuja tem um porém, ela pode substituir o fósforo de sua constituição pelo arsênio, bastante abundante no Lago Mono, mas extremamente tóxico para TODOS os outros seres vivos, o que a torna única.

O Logo Mono é extremamente alcalino, com altas concentrações de arsênio e sal.

Você deve estar se perguntando "tá, e o que isso tem haver com ETs?". Bom, tem tudo! Os cientistas sempre procuraram vida em planetas que possuem subsídios para abrigar organismos semelhantes aos da Terra. Mas agora ficou claro que a vida tem muito mais plasticidade e que ela pode existir em ambientes muito mais hostis do que se imaginava, e isso aumenta a probabilidade de encontrá-la em planetas onde, anteriormente, acreditava-se ser impossível. Ahh, estou tãão animada com essa descoberta! Como é fácil me deixar alegre hahaha. Mas espero que dá próxima vez que eu fique dando refresh por duas horas seja para anunciar homemzinhos verdes (brincadeira). Beijo gente, desculpa a demora por um novo post, ando super cansada.